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Estrelas Variáveis

 

OBSERVANDO ESTRELAS VARIÁVEIS

por João Marcos

Uma das coisas mais importantes em astronomia observacional é a transformação do objeto observado em dados de observação. É quando um fenômeno físico vira números. De posse desses dados os astrônomos aplicam equações matemáticas e criam novas teorias. Para se entender o que se está vendo é necessário uma metodologia científica com critérios para a análise da observação. Uma das formas de se fazer isso é através da estimativa de brilho na observação de estrelas variávies.

Há cerca de 100 anos atrás, em 1911, em Harvard, EUA, um grupo de astrônomos começou a comparar visualmente as estrelas e determinar suas variações. Nascia assim a mais representativa das organizações de observadores de estrelas variáveis do planeta com mais de mil membros em mais de 40 paises, a lendária AAVSO. Em seu site www.aavso.org podemos, de forma clara e sem rodeios, entender como funciona todo o processo de observação e coleta de dados das variáveis. São fornecidas cartas estelares mas é possível criar as suas próprias cartas dando espaço para uma pesquisa ainda mais individual exigindo mais responsabilidade do observador com sua fonte. São disponibilizados manuais com detalhes técnicos para a estimativa visual de brilho criando um padrão observacional planetário. E tudo é muito simples e prático, sem burocracias ou teorias excessivas. Algo bem democrático podendo ser praticado a olho nu, com binóculos ou pequenas lunetas. Cada membro escolhe seus alvos e como irá observá-los. A seguir veremos um exemplo:

 

A ESCOLHA DO ALVO

Na constelação de Orion temos muitos alvos em ptencial de onde destacamos a CK ORI. Vejamos o procedimento observacional:

Primeiramente localizamos a variável em ORION, por exemplo, usando o Cartes Du Ciel, com o catálogo GCVS, que contém uma coletânea de dados sobre estrelas variáveis. Outros alvos podem ser conhecidos através da página da AAVSO.

Norte para cima

CK ORI: alvo bem conhecido dos variabilistas, na constelação de ORION

Deve-se evitar campos muito grandes para escapar da visão excessivamente periférica. A nossa visão é mais precisa o quanto mais central for. Com um aumento de 20X e um campo de ocular de pelo menos 40 graus consegue-se, sem esforço, dois graus de campo final, o suficiente para se observar dezenas de variáveis.

Aproximando mais a variável conseguimos uma carta com os dados das estrelas próximas.

Norte para cima

Sendo a variável em questão uma estrela avermelhada procuramos estrelas de cor parecida para a comparação. Temos então duas candidatas de magnitude 7,50 e 6,78. Se a estimativa de brilho da variável for igual a um desses valores é só aplicar diretamente tal valor. Se o brilho for intermediário deve-se fazer uma interpolação dividindo este intervalo (7,50-6.78) em quantas partes forem necessárias para a estimativa final.

Feito isso anota-se o nome da variável, a estimativa atual de seu brilho, data (ano, mês e dia), hora e minutos pelo tempo universal, condições de observação (presença de Lua, névoa seca, poeira em suspensão, nuvens) e as estrelas de comparação. Neste exemplo não se usou a carta estelar da AAVSO mas o catálogo TYCHO que acompanha o Cartes Du Ciel (CARTAS DO CÉU).

Tendo feito seu cadastro gratuito na AAVSO (seu login será suas iniciais) é só submeter os valores apurados via WebObs pela internet mesmo.

 

ENTRADA DE DADOS NO WEBSITE DA AAVSO

Condições de observação: B para presença de Lua e S para incerteza nas estrelas de comparação

Cada conjunto de valores deve ser introduzido através do painel de entrada de dados mostrado acima. Um a um esses valores vão se somando a outros valores de outros observadores gerando uma CURVA DE LUZ indicando o padrão de variação de brilho da estrela.

Juntando os dados: os valores somados e seus respectivos observadores

 

É uma forma simples, prática e bem democrática de se fazer ciência. Pode-se quantificar o cosmos a nossa volta e conhecer mais sobre ele. Estes dados ficam armazenados e podem, a qualquer momento, serem utilizados por qualquer astrônomo para alguma aplicação teórica em sua pesquisa.

 

Para maiores detalhes de como observar variáveis, veja o Manual da AAVSO em português:

Para saber mais sobre como fazer a comparação entre as estrelas.

Para maiores informações sobre a AAVSO

Baixe agora um catálogo de 40 Estrelas Variáveis para binóculos com cartas produzidas pela própria AASVO.!

Vejam nosso vídeo sobre observação de estrelas variáveis no Youtube:

 

João Marcos é observador de estrelas variáveis e membro da AAVSO desde 2005.

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